A pílula da atividade física: cientistas criam droga que simula efeitos do exercício

Descubra a promissora pesquisa científica por trás de um medicamento que imita os benefícios do exercício árduo.

Cientistas da Universidade da Flórida, nos EUA, estão comemorando um avanço promissor na busca por uma alternativa aos benefícios do exercício físico. O medicamento experimental, conhecido como SLU-PP-332, foi testado em ratos obesos, resultando em notáveis melhorias na redução de peso, crescimento muscular e metabolismo.

Medicamento que imita os benefícios do exercício

Imagem: Canva Pro / Reprodução

É indiscutível que o exercício regular tem um impacto significativo na saúde, beneficiando especialmente aqueles que enfrentam condições como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.

Além disso, o exercício é associado à saúde cerebral e à redução do risco de estresse, depressão e demência, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Embora a OMS recomende entre 2,5 a 5 horas de atividade moderadamente vigorosa por semana, apenas 25% dos adultos e 20% dos adolescentes seguem essas diretrizes.

Diante dessa realidade, cientistas buscam há anos maneiras de imitar pelo menos parte dos benefícios do exercício físico. Agora, parece que eles podem ter conseguido.

O medicamento SLU-PP-332 pertence à categoria de terapias conhecidas como “miméticos do exercício”, que imitam as mudanças fisiológicas provocadas pelo exercício.

O professor Thomas Burris, líder da equipe de pesquisa, explicou que o medicamento instrui o músculo esquelético a passar por adaptações semelhantes às observadas durante os exercícios de resistência.

Os resultados dos testes em ratos são impressionantes: aumento do gasto energético, melhoria do sistema metabólico e redução da gordura corporal, tudo sem alterar as rotinas dos animais.

O SLU-PP-332 atua estimulando os receptores relacionados ao estrogênio (ERRs) nas células. Esses receptores desempenham um papel crucial em órgãos que consomem muita energia, como o coração, o fígado e os músculos.

Essencialmente, o medicamento faz com que o corpo utilize ácidos graxos como fonte de energia, replicando os efeitos do jejum ou do exercício físico.

Em comparação com o grupo de controle, os ratos tratados com o medicamento perderam 12% do peso corporal e acumularam 10 vezes menos gordura.

Thomas Burris afirmou que, se desenvolvido eficazmente, o medicamento poderá revolucionar a vida de pessoas que lutam contra a obesidade, diabetes e o envelhecimento, que frequentemente enfrentam a perda de massa muscular ao longo do tempo. Ele acredita que essa descoberta pode ajudar as pessoas a manterem-se mais saudáveis à medida que envelhecem.

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