6 Maneiras de identificar se um trauma mexeu com seu valor próprio

As sequelas de traumas podem afetar a maneira como vemos o mundo e a nós mesmos.

Traumas, sejam eles físicos, emocionais ou psicológicos, muitas vezes deixam marcas profundas e duradouras. Eles podem influenciar a maneira como percebemos a nós mesmos, o mundo ao nosso redor e como nos relacionamos com os outros. Uma das áreas mais impactadas pelo trauma é a autoestima.

Embora cada pessoa experimente o trauma de forma única, existem sinais comuns que sugerem que um trauma do passado pode estar afetando a forma como você vê a si mesmo. Aqui estão seis desses sinais:

1. Dificuldade em Aceitar Elogios:

Após vivenciar um trauma, muitos indivíduos começam a questionar seu valor e suas habilidades. Eles podem se sentir indignos de amor, apreciação ou reconhecimento.

Quando recebem um elogio, em vez de aceitá-lo com gratidão, podem desconfiar das intenções da pessoa ou pensar que o elogio não é sincero. Este comportamento não só reflete uma imagem distorcida de si mesmo, como também pode afastar as pessoas que genuinamente apreciam e valorizam a vítima do trauma.

2. Evitar Espelhos e Fotos:

Embora isso possa parecer superficial, a forma como uma pessoa se percebe fisicamente pode ser um reflexo direto de sua autoestima. Aqueles que foram traumatizados podem evitar espelhos ou ficar desconfortáveis ao verem suas fotografias, porque não estão satisfeitos com sua aparência ou porque têm memórias traumáticas associadas a sua imagem.

Em casos extremos, eles podem desenvolver transtornos de imagem corporal ou distorções de autoimagem, acreditando que são menos atraentes ou mais falhos do que realmente são.

3. Isolamento Social:

Quando a autoestima está baixa devido a traumas, a tendência é evitar interações sociais. A vítima pode sentir que não é boa o suficiente para estar na companhia de outras pessoas, ou pode ter medo de ser julgada.

Além disso, a ansiedade social pode se manifestar, fazendo com que a pessoa se sinta extremamente autoconsciente em ambientes sociais, temendo cometer erros ou ser o centro das atenções. Este isolamento pode agravar ainda mais os sentimentos de solidão e inadequação.

4. Ansiedade e Melancolia:

Para indivíduos com experiências traumáticas, é comum oscilar entre sentimentos de ansiedade e melancolia, o que pode impactar negativamente a autoconfiança. A perspectiva de interações sociais pode provocar temores ligados à sensação de ser rejeitado ou abandonado, intensificando a ansiedade.

Por outro lado, evitando o convívio social por receio de não corresponder às expectativas, pode surgir ou intensificar a melancolia. Esse processo pode se repetir, fazendo a pessoa se sentir em um loop constante de emoções conflitantes.

5. Autocrítica Excessiva:

Uma das manifestações mais claras de autoestima prejudicada após um trauma é uma voz interior excessivamente crítica. A pessoa pode constantemente se repreender por erros pequenos ou imaginários. Estas críticas internas podem ser o reflexo de mensagens negativas que a vítima recebeu durante o evento traumático, e com o tempo, essa voz crítica pode se tornar a norma.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, é fundamental procurar ajuda profissional. Terapeutas e conselheiros treinados podem oferecer ferramentas e estratégias para ajudar a reconstruir a autoestima e processar o trauma. Lembre-se de que a cura é um processo, e cada pequeno passo em direção à recuperação é uma vitória.

6. Vínculo Emocional e Mental Excessivo:

Muitos adultos que cresceram em contextos de negligência ou em lares com figuras parentais egocêntricas muitas vezes não desenvolviam uma percepção adequada do seu próprio valor. Frequentemente, estes indivíduos foram moldados a procurar aprovação externa, sobretudo de tutores que, ao invés de fomentar sua autonomia, instigavam uma sensação de submissão e apego.

Na vida adulta, essa pessoa pode enfrentar dificuldades de maturidade, ter uma necessidade constante de validação, ter problemas em tomar decisões autônomas e carecer de habilidades básicas, reforçando assim sua dependência de terceiros.

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