Modelo enfrenta dificuldades e racismo em NY por causa do seu cabelo natural
Veja pelo que passou a modelo e as dificuldades em arrumar trabalhos quando decidiu por assumir seus cabelos naturais
Louyse Duarte passou pela fase de alisar o cabelo durante a adolescência, mas em 2017, quando entrou na faculdade, decidiu iniciar sua transição capilar e voltar ao cabelo natural. Essa decisão foi motivada pela absorção de discussões sobre transição capilar e uma maior conscientização sobre a importância de abraçar sua identidade e textura capilar natural.
Em 2018, após iniciar sua transição capilar, Louyse Duarte decidiu ingressar na carreira de modelo. No entanto, logo no início, enfrentou censura e foi informada de que não poderia manter seu cabelo natural. Essa experiência reflete os desafios e estereótipos enfrentados por modelos com cabelos não alisados na indústria da moda.
Mudança de ares
Louyse Duarte enfrentou limitações no mercado de modelos para mulheres negras em relação aos penteados. Sentindo a falta de representação para cabelos como o seu, ela decidiu fazer um corte curto e se mudar para São Paulo, determinada a conquistar espaço na indústria da moda. Com trabalho árduo e perseverança, ela enfrentou os desafios e buscou seu próprio caminho para o sucesso.
Em 2020, Louyse Duarte decidiu aderir às tranças como parte de uma nova fase em sua carreira. Inspirada pelo movimento Black Lives Matter e em busca de maior liberdade para expressar sua identidade, ela deixou seu cabelo crescer durante a pandemia e mudou de agência. Essa transformação refletiu um novo posicionamento de sua imagem, permitindo-lhe usar tranças e abraçar sua herança cultural.
Limitações impostas
No entanto, Louyse enfrentou dificuldades relacionadas ao seu cabelo trançado, perdendo oportunidades de trabalho e sendo submetida a comentários negativos.
Revelou que, muitas vezes, foi solicitada a chegar com um estilo de trança específico, exigindo que ela se arrumasse fora do horário de trabalho. Ela destacou a disparidade entre as expectativas em relação ao cabelo das modelos negras em comparação com as modelos brancas.
Louyse Duarte, ao se mudar para Nova York, percebeu que os problemas relacionados ao racismo e ao cabelo continuavam presentes. Ela questionava o motivo de esconderem seu cabelo e os produtos utilizados nele.
Como modelo negra, seu maior sonho é receber trabalhos em que seja valorizada e tratada com respeito, sem ouvir comentários ofensivos e onde seus traços sejam realçados na maquiagem.