Anvisa proíbe fenol em procedimentos estéticos; veja riscos e alternativas seguras

Saiba o que está por trás da decisão da Anvisa ao proibir fenol em procedimentos estéticos.

Nos últimos meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma decisão importante no setor de estética: reforçar a proibição do uso de fenol em procedimentos estéticos, especialmente em peelings profundos.

A decisão foi motivada por preocupações crescentes sobre os riscos associados a essa substância, que já gerava controvérsias na comunidade médica devido à sua toxicidade e aos efeitos adversos reportados ao longo dos anos.

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Uso do fenol na estética é proibido pela Anvisa após séries de tragédia envolvendo a substância – Foto: Reprodução

Fenol e procedimentos estéticos

O fenol é um composto químico que, por muito tempo, foi amplamente utilizado em peelings profundos devido à sua eficácia em promover uma esfoliação intensa da pele.

Esses procedimentos são geralmente realizados para tratar rugas profundas, cicatrizes de acne e outras imperfeições cutâneas, oferecendo resultados estéticos significativos.

No entanto, o uso do fenol sempre exigiu cuidado extremo, pois a substância é altamente corrosiva e pode causar sérios danos à pele e à saúde geral se não for utilizada de maneira adequada.

A toxicidade dessa substância sempre foi uma preocupação, mas a gravidade dos efeitos adversos e complicações relatadas ao longo dos anos levou a Anvisa a tomar medidas mais rigorosas.

Entre os principais riscos associados ao uso do fenol em procedimentos estéticos, estão complicações graves, como:

  • Intoxicação sistêmica: quando absorvido pela pele em grandes quantidades, o fenol pode causar danos aos órgãos internos, como fígado e rins, além de potencialmente afetar o sistema cardiovascular.
  • Queimaduras químicas: devido à sua natureza corrosiva, o fenol pode causar queimaduras graves na pele, especialmente se houver erros na aplicação ou no tempo de exposição.
  • Arritmia cardíaca: estudos mostraram que o fenol pode causar irregularidades nos batimentos cardíacos, um efeito colateral perigoso que aumenta o risco de complicações fatais.
  • Infecções e cicatrizes: além de seu potencial para causar queimaduras químicas, o fenol pode deixar a pele mais suscetível a infecções durante o processo de cicatrização, levando a cicatrizes permanentes e outros problemas estéticos.

Esses riscos, somados à falta de regulamentação clara e de garantias de segurança nos tratamentos realizados com o fenol, motivaram a Anvisa a reforçar a proibição do uso dessa substância.

A prioridade da agência é garantir a segurança da população, evitando que tratamentos estéticos resultem em danos à saúde.

Impacto da decisão na indústria estética

A proibição do fenol afeta diretamente a indústria estética, especialmente os profissionais que realizavam peelings profundos. A decisão da Anvisa exige que clínicas e esteticistas busquem alternativas mais seguras para oferecer resultados similares aos de procedimentos que antes utilizavam o fenol.

Felizmente, a evolução da ciência e da tecnologia na área de estética tem proporcionado o desenvolvimento de novos produtos e técnicas que oferecem segurança e eficácia. Hoje, existem ácidos e substâncias menos agressivas que podem ser usados em peelings, com menor risco de complicações graves.

Procedimentos como peelings à base de ácido tricloroacético (TCA) e laser fracionado estão se tornando opções cada vez mais populares para tratar problemas de pele, com menor risco à saúde.

Reflexos na segurança dos pacientes

A decisão da Anvisa também tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos envolvidos em tratamentos estéticos que não são devidamente regulamentados ou supervisionados. Muitos pacientes, em busca de resultados rápidos, podem não estar cientes dos perigos potenciais de substâncias como o fenol.

Ao reforçar a proibição, a Anvisa espera aumentar a transparência e garantir que os procedimentos oferecidos no mercado brasileiro sejam mais seguros.

Além disso, essa medida também fortalece a importância de se realizar procedimentos estéticos com profissionais qualificados e em clínicas autorizadas. A segurança do paciente deve ser a prioridade em qualquer tratamento estético, e a proibição do fenol é mais um passo nessa direção.

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