Horário de Verão 2023: Será que os ponteiros vão avançar no Brasil?

Descubra se os brasileiros terão que adiantar o relógio em 1 hora este ano e as razões por trás dessa decisão.

O Horário de Verão, um fenômeno que dividiu opiniões e gerou discussões acaloradas entre os brasileiros por décadas, já não faz parte do nosso calendário há alguns anos.

Amado por muitos e odiado por tantos outros, essa mudança no relógio costumava marcar a transição para os meses mais quentes do ano.

O horário de verão no Brasil

Imagem: Canva Pro / Reprodução

Era o momento em que o fim de tarde se prolongava, proporcionando a oportunidade perfeita para praticar esportes ao ar livre ou desfrutar de um happy hour com amigos.

Contudo, nem todos apoiavam o horário de verão, especialmente entre aqueles que precisavam acordar cedo para trabalhar. Para eles, as manhãs mais escuras, causadas pelo adiantamento do relógio em uma hora, eram motivo de incômodo.

O debate sobre o Horário de Verão ganhou um capítulo importante em 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro decidiu abolir a medida. Agora, em 2023, mesmo com a mudança de governo, não há indícios de que o Horário de Verão esteja prestes a retornar.

As razões técnicas para a implementação do Horário de Verão no passado estavam relacionadas ao uso mais eficiente da energia elétrica.

No entanto, o Ministério de Minas e Energia e o ministro da pasta concordam que, neste momento, não há necessidade de adiantar os relógios.

Isso se deve, em grande parte, às ótimas condições de suprimento energético do país, graças a um seguro planejamento implementado nos últimos anos.

Além disso, a crescente oferta de energia elétrica no Brasil, impulsionada pelo aumento do uso de usinas eólicas e solares, também contribui para a decisão de não retomar o Horário de Verão.

Outro fator que influencia a decisão é a mudança nos hábitos de consumo de energia da população. O Horário de Verão foi criado em 1931 para aproveitar melhor a luz natural e reduzir o consumo no horário de pico, que era entre 18h e 20h.

No entanto, nos últimos anos, o uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado no período da tarde se tornou mais relevante do que a iluminação.

Com lâmpadas mais eficientes e eletrodomésticos de maior eficiência energética, o consumo relacionado à iluminação já não representa um fator significativo.

Hoje, o maior desafio para o setor elétrico são os sistemas de climatização, que consomem uma parcela substancial de energia nas residências.

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